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Smart contracts ou contratos inteligentes já são realidade: entenda mais sobre eles!

Rodrigo Giosa
Rodrigo Giosa 13/09/2024
Smart contracts ou contratos inteligentes já são realidade: entenda mais sobre eles!

Tendências

No mundo corporativo atual, a eficiência e a segurança na gestão de documentos e contratos são essenciais. Com o avanço tecnológico, surgiu uma solução que promete revolucionar esse campo: os smart contracts ou contratos inteligentes.

Este artigo explica o que são esses contratos, como foram criados, exemplos práticos, aspectos legais, a sua relação com blockchain, como criar um smart contract e os cuidados necessários ao utilizá-los. Continue a leitura e descubra tudo sobre o tema!

O que são contratos inteligentes ou smart contracts?

Os contratos inteligentes são programas de computador que executam automaticamente os termos de um contrato quando as condições predefinidas são atendidas. Diferentemente dos contratos tradicionais, que dependem de intermediários para garantir a execução, os smart contracts utilizam a tecnologia blockchain para assegurar que todas as partes cumpram as suas obrigações de forma automática e segura.

A ideia foi proposta pela primeira vez por Nick Szabo, um criptógrafo e especialista em direito, em meados dos anos 1990. Szabo descreveu os smart contracts como uma forma de digitalizar e automatizar contratos tradicionais, eliminando a necessidade de intermediários e reduzindo o risco de fraudes.

Como foram criados?

A criação dos smart contracts está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do blockchain, uma tecnologia que permite a criação de registros imutáveis e descentralizados. O blockchain ganhou notoriedade com o surgimento do Bitcoin, mas foi a plataforma Ethereum, lançada em 2015 por Vitalik Buterin, que realmente viabilizou a implementação de smart contracts em larga escala.

A Ethereum é uma plataforma de blockchain com uma linguagem de programação embutida que permite a criação de smart contracts. Essa flexibilidade permitiu que desenvolvedores criassem uma ampla gama de aplicações descentralizadas (DApps) que utilizam contratos inteligentes para automatizar processos e garantir a integridade das transações.

Exemplos de smart contracts

Os smart contracts estão sendo utilizados em diversas indústrias para automatizar processos e melhorar a eficiência. Alguns exemplos incluem:

  • finanças: empréstimos e derivativos são áreas em que os smart contracts podem automatizar pagamentos e liquidações, reduzindo a necessidade de intermediários e diminuindo os custos operacionais;
  • mercado imobiliário: contratos de compra e venda de imóveis podem ser automatizados, garantindo que a transferência de propriedade ocorra apenas quando todas as condições forem satisfeitas, como o pagamento total do valor do imóvel;
  • seguros: políticas de seguros podem ser programadas para liberar pagamentos automaticamente após a verificação de um sinistro, como um atraso de voo ou um desastre natural;
  • supply chain: os contratos podem ser úteis no monitoramento de mercadorias e no pagamento automático de fornecedores quando os produtos chegam ao destino, aumentando a transparência e a eficiência da cadeia de suprimentos.

Aspectos legais dos smart contracts

Por mais que os smart contracts ofereçam muitos benefícios, também apresentam desafios legais significativos. A principal questão é a validade jurídica desses contratos. Em muitos países, a legislação ainda está se adaptando a essa nova tecnologia, e há debates sobre a necessidade de intermediários humanos para validar contratos inteligentes.

No Brasil, por exemplo, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e o Código Civil são referências importantes para entender como os smart contracts podem ser aplicados. Advogados e especialistas recomendam que, mesmo ao utilizar smart contracts, as partes envolvidas mantenham um entendimento claro sobre os termos e condições, possivelmente complementando os contratos inteligentes com contratos tradicionais para garantir a conformidade legal.

Relação com o blockchain

O blockchain é a espinha dorsal dos smart contracts. Ele fornece um ambiente seguro e descentralizado em que os contratos podem ser executados sem a necessidade de confiança entre as partes envolvidas. Essa tecnologia garante que uma vez que um smart contract é criado, ele não pode ser alterado, e todas as transações são registradas de maneira transparente e auditável.

A imutabilidade e a transparência do blockchain oferecem uma segurança adicional aos smart contracts. No entanto, é essencial escolher a plataforma de blockchain adequada, considerando fatores como segurança, escalabilidade e custos de transação.

Como criar um contrato inteligente?

Criar um smart contract pode parecer complexo, mas as plataformas de blockchain fornecem ferramentas e linguagens de programação específicas para facilitar o desenvolvimento. Aqui estão os passos básicos para criar um smart contract:

  • definir os termos do contrato: antes de programar, é crucial que todas as partes envolvidas concordem com os termos e condições do contrato;
  • escolher a plataforma de blockchain: avaliar as opções disponíveis, considerando os recursos necessários e a confiabilidade;
  • escrever o contrato: utilizando uma linguagem de programação específica, escreva o código que define os termos e as condições do contrato;
  • testar o contrato: antes de implementar no blockchain, teste o contrato em uma rede de teste para garantir que ele funcione conforme esperado;
  • implementar no blockchain: após a validação, o contrato pode ser implantado na plataforma de blockchain. Uma vez implantado, ele é imutável;
  • monitorar e manter: mesmo após a implantação, é importante monitorar o desempenho do contrato e fazer ajustes necessários em novos contratos, se necessário.

Cuidados necessários ao utilizar smart contracts

Ainda que os smart contracts ofereçam muitos benefícios, é importante estar ciente dos cuidados necessários ao utilizá-los:

  • segurança do código: erros no código de um smart contract podem resultar em falhas graves e perda de fundos. É essencial realizar auditorias de segurança e testes rigorosos;
  • conformidade legal: certifique-se de que o contrato cumpra todas as leis e regulamentações aplicáveis. Consultar um advogado pode ser uma boa prática;
  • imutabilidade: uma vez implementado, um smart contract não pode ser alterado. É essencial, portanto, garantir que todos os termos estejam corretos antes da implementação;
  • escolha da plataforma: nem todas as plataformas de blockchain são iguais. Escolha uma que ofereça segurança, escalabilidade e custos de transação razoáveis;
  • backup e recuperação: garanta que todas as partes envolvidas tenham backups adequados e planos de recuperação em caso de falhas técnicas.

Os smart contracts estão transformando a forma como gerenciamos documentos e contratos, oferecendo automação, segurança e eficiência. No entanto, é primordial entender os aspectos técnicos e legais do recurso antes de implementar esses contratos na sua empresa.

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Rodrigo Giosa
Escrito por

Rodrigo Giosa

Está à frente do time de desenvolvimento e inovação da eBox. Possui mais de 20 anos de experiência, sempre "codando" e liderando times de tecnologia. É obcecado por segurança e sistemas de alta performance.

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